sábado, 8 de junho de 2013

Educação Especial-AEE-SRM

As escolas nos tempos atuais passam por grandes mudanças e transformações, principalmente na área da educação especial. Algumas conquistas legais vem ampliar os serviços prestados pelas escolas, sendo direcionadas por diretrizes que norteiam a qualidade destes serviços de acordo com a demanda da educação especial. Segundo Feltrin (2009, p. 87):  “Hoje, a escola, para caminhar no rumo de uma verdadeira inclusão, deve ter compromisso com a mudança. Isso quer dizer que devem ser revistos valores, normas, modelos de aprendizagem, atitudes dos professores, relações interpessoais existentes, expectativas, a participação de pais e alunos, a comunicação entre todos os elementos da comunidade educativa.”  (FELTRIN, Inclusão Social na Escola, Ed. Paulinas, 2009, p. 87). 
O documento elaborado pelo MEC, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (No. 948, de 09 de outubro de 2007), foi um grande ganho para educação especial, inclusive ao abordar sobre um assunto muito importante que é a formação de professores para a educação especial, a implantação das SRM, e a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, entre outros. Destaco aqui os objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Especial Inclusiva (2008), sendo eles: Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; Atendimento educacional especializado; Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; Formação de professores para AEE e demais profissionais da educação para inclusão escolar;  Participação da família e da comunidade; Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
A pesquisa sobre a inclusão escolar e a oferta do AEE no município e na escola,  foi elaborada em um Centro Infantil, do município de Betim-MG,  sendo que os objetivos acima estão sendo aplicados, apesar do pouco tempo da implantação do AEE e SRM, que é março de 2013, ressaltando que sem o apoio do CRAEI-RV, está realidade estaria longe de existir.
No CIM Recanto Alvorada, existem alguns recursos que já estão sendo usados no AEE, como: Plano inclinado, Jogos com diferentes materiais e tamanhos elaborados para os alunos com deficiência física e TGD, software para comunicação alternativa com símbolos gráficos. Há também alguns recursos que ainda não estão sendo usados por não haver demanda: Lupa sem luz manual, lupa eletrônica, jogos com sinalização em Braille ou relevo, CDS ou softwares em libras e português.  Como a SRM começou a funcionar a apenas 3 meses, falta chegar alguns recursos que constam no inventário de materiais enviados pelo MEC,  como por exemplo os computadores que neste momento seriam muito relevantes no processo de aprendizagem das crianças, o teclado com colmeia e a bandinha rítmica. 
Através dos documentos legais, inclusive a Resolução No. 4, de 2 de outubro de 2009, consegui identificar o público alvo do AEE, salientando que todos estão sendo atendidos nas Salas de Recurso Multifuncionais.
Na educação infantil do município de Betim-MG, o AEE nas SRM, começa a demonstrar progressos, sendo que os Centros Infantis Municipais estão no processo de preparação da inclusão das ações do AEE, em seu Projeto Político Pedagógico (PPP).
Para que possa ocorrer um AEE com qualidade, há uma parceria das escolas com o Centro de Referência e Apoio à Educação Inclusive – Rafael Veneroso (CRAEI-RV), localizado em Betim-MG, onde presta serviço de acessória e elabora cursos semanais que visa à preparação do profissional do AEE, recebendo este profissional todo suporte necessário para exercer um trabalho de qualidade.
Em relação à acessibilidade na escola pesquisada, percebe-se, que os alunos que recebem atualmente o AEE, não demandam que a escola promova adequações arquitetônicas,  mas pensando na demanda futura, por exemplo  alunos com baixa visão, creio que deverá ocorrer alguns ajustes para recepção destes alunos.
Na questão do financiamento do atendimento aos alunos do AEE, estou pouco familiarizado, sei apenas que o aluno é matriculado duplamente, e que chegou uma verba para ser usada. Estou começando a entender algumas especificidades desta verba, junto a tesoureira que também tem grandes dúvidas por ser a primeira vez que vai usa-la.


Alexsander Luis